Desculpinha
Dia desses uma pessoa me disse que não gostava de aniversários. Em pleno dia do seu aniversário. E eu fui logo falando que este data é uma desculpinha que inventaram para que a gente se lembre que é preciso celebrar. Ainda que seja uma vez por ano. Isto é otimo. Comemoremos, seja lá o que isso for. Que bom que existem essas desculpinhas para reunir amigos e família. Nada mal. Viva as desculpas e os aniversários, reveillons, etc. No final do discurso, acho até que convenci. A mim e a ele.
Li dia desses em um cartão que ganhei de Natal algo como “Grande cara este que inventou os anos, contados deste jeito, que acabam e recomeçam e dão a nós a sensação de que podemos mudar tudo no ano que se aproxima, que podemos ser melhores, mais felizes”. Lembrei da minha teoria das desculpinhas. Concordei.
Li em um outro dia um artigo bem escrito e meio ranzinza em uma revista dizendo que a capacidade de celebrar a vida em qualquer instante, fazer de um momento comum um momento mágico, que isso sim era comemoração de verdade. O autor dizia que se recusava a fazer festas de fim de ano porque alguém determinou que seja assim. “Eu celebro as relações humanas, intensas e verdadeiras, diárias e realmente merecedoras de festas”, dizia. Eu discordei. Depois concordei. Fiquei confusa.
Me pus a pensar, como diria o outro, e acho que é ótimo mesmo existirem datas em que nos voltamos única e exclusivamente para a dedicação à celebração da vida e do amor, da família, também, e porque não, da compra de presentes que vão tirar sorrisos de quem a gente gosta, dos bolos, brigadeiros, pavês, perus e arroz de forno deliciosos, das demonstrações de carinho exageradas e tudo o mais que vêm neste pacote. A vida passa tão depressa que um feriado ou um dia de aniversário é um bom motivo para parar e aproveitar um pouco mais que o habitual do que realmente vale a pena.
É, mas a ressalva existe e é dela a inspiração deste texto. Se você só consegue fazer tudo isso nestas datas, se só consegue dizer o que precisa dizer no Natal porque é invadido pelo tal “espiríto”, se só conhece a experiência de dar um presente a alguém em aniversários, se só declara o que escondeu o ano todo depois de Prosecco em excesso no Reveillon, se precisa sempre de um pretexto... se você é assim... bom, se você é assim... é, roubaram meu celular e eu não tenho um número novo não!
Li dia desses em um cartão que ganhei de Natal algo como “Grande cara este que inventou os anos, contados deste jeito, que acabam e recomeçam e dão a nós a sensação de que podemos mudar tudo no ano que se aproxima, que podemos ser melhores, mais felizes”. Lembrei da minha teoria das desculpinhas. Concordei.
Li em um outro dia um artigo bem escrito e meio ranzinza em uma revista dizendo que a capacidade de celebrar a vida em qualquer instante, fazer de um momento comum um momento mágico, que isso sim era comemoração de verdade. O autor dizia que se recusava a fazer festas de fim de ano porque alguém determinou que seja assim. “Eu celebro as relações humanas, intensas e verdadeiras, diárias e realmente merecedoras de festas”, dizia. Eu discordei. Depois concordei. Fiquei confusa.
Me pus a pensar, como diria o outro, e acho que é ótimo mesmo existirem datas em que nos voltamos única e exclusivamente para a dedicação à celebração da vida e do amor, da família, também, e porque não, da compra de presentes que vão tirar sorrisos de quem a gente gosta, dos bolos, brigadeiros, pavês, perus e arroz de forno deliciosos, das demonstrações de carinho exageradas e tudo o mais que vêm neste pacote. A vida passa tão depressa que um feriado ou um dia de aniversário é um bom motivo para parar e aproveitar um pouco mais que o habitual do que realmente vale a pena.
É, mas a ressalva existe e é dela a inspiração deste texto. Se você só consegue fazer tudo isso nestas datas, se só consegue dizer o que precisa dizer no Natal porque é invadido pelo tal “espiríto”, se só conhece a experiência de dar um presente a alguém em aniversários, se só declara o que escondeu o ano todo depois de Prosecco em excesso no Reveillon, se precisa sempre de um pretexto... se você é assim... bom, se você é assim... é, roubaram meu celular e eu não tenho um número novo não!