De boa intenção o inferno está cheio

A moça ganha a confiança da editora e vai subindo degraus, envolvendo-se, mudando, ao mesmo tempo que conhece melhor com quem está trabalhando.
A certa altura, a personagem da Anne Hathaway tenta acusar a chefe, personagem da maravilhosa Meryl Streep e perfeita encarnação do coisa-ruim, de ter feito sozinha todas as coisas horríveis do filme.
Meryl rapidamente trata de lembrar a moça, sem sair do salto do seu Manolo Blahnik, que a parada não é bem assim não.
A jovem havia, ela própria, tido conduta questionável com, no máximo, uma carga de influência negativa. Mais ou menos como dizer que colocar toda a culpa no diabinho que fica no seu ouvido é um pouco fácil demais. E se dá a hora da escolha.
Não, eu não estou tão desatualizada assim, já faz algum tempo que fui ver o filme. Mas tenho me lembrado dele nestes últimos dias.
A vida te coloca em situações embaraçosas onde é preciso se perguntar porque raios você está ali naquele momento incrivelmente desconfortável. A resposta sincera, na maioria das vezes, não culpa diabo algum, culpa só a você mesmo.
De fato, ingenuidade não pode ser usada como desculpa. De boa intenção o inferno está cheio. E ética é igual a gravidez.
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